Yonge & College - Toronto,ON - Canada - March,22 - 2009

Eles foram chegando aos poucos no vernissage. Conversavam e riam entre pequenos grupos. Bebericavam o vinho que o artista oferecia e nem ligaram muito quando ele perguntava : Are you ready to die? Alguns desconversavam , a maioria dizia um não enfático , mas poucos e bons respondiam com uma firmeza só vista por quem deve amar a vida imensamente : sim, estou pronto ! E resignados e confiantes, assumiam que não poderia ter tudo na vida, mas pelo menos ela era vivida intensamente e a morte seria um mal inevitável mas esperado.
Com o passar do tempo eles foram caindo um a um, empilhando-se amontoados feito corpos de um genocidío. Alguém ainda tentou balbuciar peguntando se haveria afinal algo no vinho, mas não. Eles apenas se reuniram para morrer. Mas o vinho deveria ter alguma coisa mesmo, isso sim, seria o responsável pelas expressões de prazer.
- Serial Art Killer -

Primeiros ensaios da foto I See Dead Guest - Vernissage

Links que comentam a exposição:
Zero Hora - contra capa segundo carderno

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Standard S.A.

Qual vã eternidade te espera. Logo antes, tinha o universo inteiro dentro de sí, agora alí onde havia sentado para descansar e o mundo girava feito louco, nada resta. Mas é tarde agora Val, e o amor intenso, se esvai na noite insana.

Um dia o poeta disse da mesma janela: eles passarão, eu passarinho. Ela cumpriu a risca, na Travessa dos Cataventos, Marta vôou como um pássaro, rodopiou como um catavento e ficou como um poema, para a posteridade, estendida na rua da cidade.

Ela bruscamente caiu em sí, caiu de sí. O ser ou o vir-a-ser ou foi-se-ser. No meio da balada, no meio da noite, no meio da roda de fãns , no meio à amigos, a antigos amores, a novos amores e a futuros amores - um sorriso largo, uma gargalhada franca e Zoé parou. A música não. Porque o show tem que continuar.

Vamos tomar café. O dia ainda nem nasceu e você foi partir assim me deixando assim como que esperando assim o dia nascer. Tão bucólica a cidade da madrugada. Tão bucólica a madrugada na cidade. As luzes lambem o asfalto como você, assim tão limpo asfalto como um tapete de urbanidade, assim macio como um beijo, assim frio como seu coração, quente assim como a borracha que te arrebatou, que vai me deixar aqui André. Esperando o café que já esfriou, como você.